Hoje vamos falar sobre os casamentos da novela Êta Mundo Bom, que foi ao ar de janeiro a agosto de 2016 e hoje está novamente no ar, em reprise, na Rede Globo. A trama de Walcyr Carrasco retrata o final dos anos 40 e eu amo acompanhar o trabalho de direção de arte e figurino, que é ainda mais incrível em produções de época. E o que não faltou nessa trama foram casamentos! Sério, até perdi as contas. Algumas vezes os próprios vestidos tiveram grande importância na trama. Então vamos relembrar todas personagens da novela que disseram sim, ou quase.
Mafalda
A começar pela Mafalda, vivida pela Camila Queiroz, que quase se casou com Romeu, personagem de Klebber Toledo, depois de muita promessa para Santo Antônio. Mas aconteceu um pequeno acidente com o vestido a caminho do altar. O modelo escolhido havia pertencido a sua mãe na trama, por isso a peça dos anos 20 era bem romântica, com rendas e babados. Mas que de tão envelhecido se despedaçou em plena igreja e acabou com o casamento.
E sim, aqui vale lembrar, que foi durante essas gravações que o casal de atores começou a namorar e depois viveram aquele casamento incrível, nas praias de Jericoacoara em 2018, que fez muito sucesso em nosso instagram @prontaparaosim, alías nos siga lá!
Já no último capítulo da trama mais um casamento da novela: Mafalda se veste de noiva mais uma vez em uma nova tentativa de se casar com Romeu. Mas dessa vez, já sabendo das traições do noivo, ela diz não em pleno altar e declara seu amor a Zé dos Porcos. E é claro, são eles que se casam no final. Novela, né gente!
Maria
Maria, vivida por Bianca Bin, também escolheu um look bem romântico para se casar com Celso, Rainer Cadete. O modelo é bem delicado, acinturado com uma fita de cetim, tem uma leve transparência no colo e mangas e bordados florais. Esse estilo de vestido de noiva ficou bem característico na década de 50.
Gerusa
A jovem Gerusa (Giovana Grigio) vive um romance cheio de drama. Chega a desmaiar de emoção enquanto prova o modelo, feito pela avó costureira, com que casaria com Osório (Arthur Aguiar). Esse sim é bem característico da época, é todo fechado, com mangas longas, tem várias camadas e desenhos geométricos.
Mas infelizmente a sua doença impede que os pombinhos fiquem juntos. No velório, ela é velada com o vestido. Ele coloca as alianças em seus dedos, diz que a considera uma esposa, não aguenta se despedir de seu grande amor e morre em cima de seu túmulo. Pegou pesado, hein, Walcyr? Na última cena, aparecem juntos dançando valsa no céu.
Eponina
O amor não tem mesmo idade! Eponina é a prova. Passou a novela inteira procurando seu par romântico. Tentou casar com Inácio, mas a cerimônia foi interrompida em pleno altar pela esposa do personagem. No fim, depois de ser enrolada por anos por Pancrácio, foi seu irmão gêmeo Pandolfo que conquistou seu coração.
Anastasia
Já Anastasia usou um tom entre azul e lilás para oficializar a união com Pancrácio em uma cerimônia religiosa simples.
Sandra
Os meus figurinos preferidos de noiva são os da vilã Sandra, interpretada por Flávia Alessandra, que parecem ter sido inspirados em modelos icônicos das musas dos anos 40.
No primeiro casamento, com Ernesto (Eriberto Leão), que fingia ser Candinho, o filho perdido de Anastasia, usou um modelo no melhor estilo “sereia retrô”. O tomara que caia feito em cetim, deixava os braços totalmente de fora. Haviam bordados florais com detalhes brilhantes em toda a peça e uma faixa de tecido amarrada no quadril. Para compor o look, sapatos e luvas brancos, pulseira e brincos de pérolas e na cabeça, e um arranjo no estilo fascinator.
A silhueta muito lembra a de uma outra loira, grande referência da época: Marilyn Monroe. Mais especificamente seu vestido rosa, assinado por William Travilla, que usou no número “Diamonds are a Girls Best Friend”, no filme Os Homens Preferem as Loiras, de 1953.
No segundo casamento, desta vez com Candinho, a vilã queria roubar a fortuna da sogra, então para trocar alianças com o filho da milionária, escolheu um figurino bem tradicional. A parte de cima feita com renda bordada com pérolas, tinha fecho frontal até o pescoço com botões encapados e mangas compridas. A saia lisa e volumosa era marcada por uma faixa de tecido na cintura. No lugar do véu, a loira usou uma mantilha e uma tiara estilo juliet cap decorada com pérolas.
O visual é uma clara alusão ao icônico vestido de princesa de Grace Kelly, que abandonou a carreira de atriz em Hollywood para se casar com o príncipe de Mônaco, Rainier III, em 1956.
Filomena
A história da mocinha Filomena, vivida por Débora Nascimento, também envolve dois casamentos. Primeiro, para se casar no civil com o Comendador, usou um vestido rodado, na altura do joelho, considerado muito curto e moderno para a época. Até então, era muito mais comum e barato mandar fazer as roupas na costureiras. Como a personagem comprou a peça pronta na loja da Ema, tudo indica que o modelo seria uma grande novidade para a época.
Aliás, parece uma versão mais sequinha do modelo Dior usado pela atriz Audrey Hepburn, no musical Funny Face, de 1956.
Depois, no fim da novela, Filomena pôde dizer sim e finalmente ficar junto do seu grande amor Candinho. Para o dia especial, usou um modelo bem tradicional, todo bordado com pérolas, com véu, grinalda, luvas e tudo que tinha direito. A noiva, prontíssima para o sim, ainda foi sequestrada. Mas no final, é claro, a gente sabe que tudo acaba bem. A vilã foi para a cadeia e o casal finalmente conseguiu ficar junto.
Para você ter ideia, os vestidos tiveram um papel de destaque tão grande, que até o desfecho da novela envolveu a noiva Filomena.
E agora eu quero saber de você, qual seu vestido de noiva preferido de Êta Mundo Bom! Aproveita e comenta também que outras novelas, filmes ou séries quer ver aqui em nosso quadro! Até a próximo!